junho 2009


dolares

Osvaldo Vieira de Abreu,diretor financeiro do São Paulo,esclareceu a parte burocrática da demissão de Muricy Ramalho em entrevista concedida ao blogueiro no Jornal de Esportes da Radio Jovem Pan.

O diretor São Paulino confirmou que não há atraso de salários ou de direitos de imagem no clube.

E no caso de Muricy o São Paulo agiu rigorosamente dentro da lei.

P – O São Paulo esta segurando o pagamento de Muricy para dificultar uma possível transferência e é verdade que o clube deve dois meses de salários ao treinador?

R – Não,o São Paulo está agindo conforme manda a lei.

Qualquer empresa quando demite um trabalhador sem justa causa,tem 10 dias para acertar todas as contas e dar baixa em sua carteira de trabalho.

O trabalhador neste tempo,pode sacar seu FGTS.

O clube tem que pagar os 40% de multa em cima do valor total do FGTS,Férias proporcionais,décimo terceiro salário,alem do salário proporcional no período.

Tudo isso será pago normalmente ao treinador nesta terça-feira,já que a demissão aconteceu no dia 20.

E o clube não tem nenhum salário atrasado com o treinador.

P – Então o São Paulo dará baixa nesta terça-feira na carteira de trabalho de Muricy?

R – Sim,hoje as partes assinam a rescisão.

P – O São Paulo tem salário ou direito de imagem atrasado com algum jogador?

R – Absolutamente. O clube não tem nada atrasado com ninguém.

As contas estão em dia inclusive com seus fornecedores.

P – Como funciona o pagamento de salários e direitos de imagem?

R – Os salários são pagos normalmente de acordo com a CLT.

Já o direito de imagem é pagos mediante a apresentação de nota fiscal.

O dinheiro é depositado 30 dias depois da apresentação da nota.

Se a nota é apresentada no dia 15 de maio, o dinheiro é depositado dia 15 de junho.

*Conversei agora a pouco com Muricy.Ele interrompeu seu descanso em seu sitio e esta desde ontem em SP para assinar a rescisão de contrato.Volta para lá ainda hoje para continuar a curtir suas “férias”.Segundo me disse,recebeu tudo certinho do São Paulo. *

Hoje ao Meio-dia vou entrevistar ao vivo o diretor Financeiro do São Paulo,Osvaldo Vieira de Abreu na Jovem Pan.

O diretor São Paulino vai esclarecer de uma vez por todas a polemica criada em torno da demissão de Muricy Ramalho e principalmente se o clube está ou não devendo 2 meses de salários ao ex-treinador.

O leitor pode acompanhar a entrevista pela Jovem Pan Am 620 de São Paulo,pela Jovem Pan Brasil em Brasilia e Jovem Pan Rio Preto, além de todas as emissoras afiliadas a rede Jovem Pan SAT e pela Internet.

Após a entrevista na rádio,postarei no blog os principais trechos da entrevista.

Espero com isso esclarecer de vez este factóide envolvendo Muricy e o São Paulo.

Abraços.

Marcello Lima.

interrogação

Amigos leitores vamos a mais um Post de Perguntas e Respostas.

Em razão do pouco tempo nesta segunda-feira,vou mudar um pouco as regras anteriores.

As regras:Por favor de uma olhada nas perguntas já respondidas pois não vou responder perguntas repetidas.

As perguntas só serão respondidas até o começo da noite desta segunda-feira dia 29 de Junho.

Em razão da falta de tempo,peço aos leitores a gentileza de formularem no máximo DUAS perguntas cada um.

Abraços.

Marcello Lima.

Serginho Chulapa

“NO TEMPO EM QUE O ANJO E O DEMÔNIO HABITAVAM A ÁREA”
(Um fragmento das aventuras de Serginho, o maior artilheiro da história do São Paulo FC)

No mundo em que vivemos há muita pressa. É preciso ter calma. É preciso ler e meditar. É preciso pensar. O pensamento é o alfaiate do destino.
Aviso aos navegantes: não leiam se não tiverem paciência:

Sérgio Bernardino nasceu em São Paulo, aos 23/12/53, quase no mesmo dia em que Cristo nasceu. Não há registro divulgado sobre a infância desse deus do futebol.
Sérgio Bernardino, chamado no ambiente familiar de Serginho, chegou ao São Paulo FC. adolescente, em busca de obter sucesso, investindo na loteria da bola.
Poucos sabem, se é que alguém sabe, eu vou contar, Serginho, vindo da base, estreou no São Paulo em um amistoso (naquele tempo ainda havia amistosos) realizado no estádio da “Fonte Nova” em Salvador, aos 06/06/73, lançado por mestre Telê Santana. O menino era ponta-esquerda, vestiu a 11, e a partida terminou 0x0.
Serginho era chamado de “esquerda”, era um menino esguio, magrelo, alto, canhoto, valente, goleador, prometia. Todos os pontas eram baixinhos naquela época, jogar na ponta era coisa para ágeis, para velozes, para dribladores e para irresponsáveis. Os pontas divertiam o povo, não havia nada mais gostoso do que assistir aos duelos que se travavam entre o rápido ponta e o pesado lateral que o marcava. Competia ao ponta driblar seu marcador, ir à linha de fundo e cruzar. Às vezes o ponta driblava para dentro, internava-se na área e fazia o gol. Só os mais iluminados faziam isso. Lembram-se, iguais, de Garrincha, de Edu, de Canhoteiro?
Serginho não tinha as características do ponta tradicional, era alto, não era driblador, não ia à linha de fundo, o negócio do “esquerda” era obrigar a bola a balançar a rede, custasse o que custasse. Desde criança, na várzea, Serginho assombrava as defesas com sua fúria e com seus gols. Os beques tremiam quando o “esquerda”, tomado por uma espécie de volúpia, invadia a área com a ideia de fazer o gol. Serginho era um artilheiro obsessivo.
Depois daquele amistoso na “terra de todos os santos” em junho de 1973, contra o Bahia, Telê deve ter exultado, deve ter gritado “eureka” assim como gritou o grego Arquimedes ao descobrir o princípio da flutuabilidade, nascia um craque!
Quatro dias depois, aos 10/06/73, o saudoso técnico Telê Santana escalou Serginho para ser o ponta-esquerda do “Mais Querido” em um “Majestoso”, pela Taça São Paulo, no Morumbi. O menino, aos vinte anos, em um jogo que terminou 1×1, abriu a contagem batendo uma falta do lado esquerdo da área adversária, como se fosse um veterano. Naquele 10 de junho de 1973 o “esquerda” dava um recado ao mundo do Futebol: jamais a área teria um inquilino mais cruel.
Serginho, depois desse gol, e depois desses dois jogos, foi emprestado ao Marília, Telê escondeu sua descoberta para que a preciosidade adquirisse experiência enquanto era presenteado com Mirandinha, um centroavante goleador deportado do rival Corinthians.
Serginho, o menino prodígio, o “esquerda”, cansou de fazer gols pelo MAC, esperou o tempo passar e voltou no ano seguinte. Mirandinha ainda não se contundira, iria quebrar a perna em jogo fatalístico contra o América, em Rio Preto, mas José Poy, o ex-goleiro antológico do São Paulo e na ocasião técnico do time exigira a volta do promissor craque, mantido em segredo por Telê.
Então começou a epopeia. O nome de Serginho ia correr pelo mundo do Futebol, espalhar-se-ia entre os zagueiros uma doença que os faria tremer antes de enfrentar aquele atacante celerado cuja ideia fixa era o gol.
Serginho reestreou fazendo dupla de área com Mirandinha em 18/05/74, num jogo contra o Fortaleza, em Fortaleza, no “Plácido Castelo” e no finzinho empatou a partida, com um golaço. Serginho não era mais ponta, já era centroavante, a região do gol ia ser assombrada.
Mirandinha desandara a fazer gols, Poy mantinha o “esquerda” no banco em quase todas as partidas, mas quando Serginho entrava era impressionante, sempre fazia um gol.
No final de novembro de 1974 disputava-se o Campeonato Paulista e Mirandinha sofreu a contusão que marcaria a sua carreira. Então Serginho assumiu definitivamente a camisa 9, que seria dele por quase uma década.
Sérgio Bernardino foi um obstinado colecionador de gols.
Osmar Santos, o “beatle” do futebol, o narrador da moda nos anos 70, o homem que mudou a linguagem do futebol pelo rádio, passou a chamá-lo de “tamanduá bandeira”, o artilheiro usava os braços para intimidar os marcadores, recebia a bola de costas para eles, girava e era fatal: gol, de pé esquerdo, do “esquerda”!
Serginho fez misérias. Ninguém marcava Serginho.
Os zagueiros eram grandões, fortes, mas como impedir Serginho de fazer gols?
Serginho não tinha medo dos zagueiros, eram os zagueiros que tinham medo do Serginho!
Quando Serginho invadia a área, o estádio estremecia. A torcida adversária tremia, os são-paulinos iam ao êxtase. Para ganhar do São Paulo, só fazendo três gols: dois gols o anjo endiabrado Serginho iria fazer!
Meus iguais queridos, quantas alegrias Serginho nos deu!
Vi gols desse encapetado anjo artilheiro de todos os jeitos, o Morumbi, o Pacaembu, o Mineirão, o Maracanã, os estádios gaúchos, todo o Brasil, o mundo, todo o planeta assistiu ao show que Serginho deu enquanto jogou. Ninguém parava o “esquerda”. Almir, o “pernambuquinho”, uma lenda de valentia na área, não chegou aos pés do “esquerda”. Enfrentar Serginho? Nenhum zagueiro ousou! Serginho era a iminência do gol, até a bola amava e temia Serginho, acho que ele obrigava a bola a entrar no gol! Serginho foi um deus dos estádios brasileiros, quem viu, viu, quem não viu, perdeu. Em 1977, esse latifundiário dos gols balançou a rede 43 vezes, em 55 partidas. Serginho era implacável. Um dia eu vou contar, em um livro, e com minúcias, a história do “chulapa”.
Nesta ocasião limito-me a revelar aos novos são-paulinos que Serginho foi o maior artilheiro de nossa história com 243 gols, (acho que vi todos, nunca os esquecerei), revelarei que Serginho foi o maior artilheiro do Santos FC depois da era Pelé, que Serginho afrontou beques, torcidas, árbitros, bandeirinhas e goleiros que a torcida amava e odiava, que Serginho ficou fora da copa de 1978 por estar suspenso por um tribunal desportivo e que Serginho é um personagem inesquecível da minha existência, assim como Ulisses, criação de Homero, o pai dos escritores, na Odisséia, assim como Jean Valjean, do genial Victor Hugo, nos “Miseráveis”, talvez a maior obra literária do mundo moderno.
Serginho, o incomparável artilheiro são-paulino, contem aos amigos, espalhem, meus iguais, foi o atleta tricolor que mais gols marcou contra o Corinthians jogando pelo São Paulo, fez contra eles saborosos 15 gols, marca excepcional!
Não é só. Foi também o endiabrado Serginho quem mais fez gols no Santos FC, atuando com a camisa tricolor. Sabem quantos foram, irmãos? 22!
22! Prestem atenção: Pelé, o rei do Futebol, em 18 anos de carreira, fez, contra o São Paulo, 29 gols. Serginho, em apenas 9 anos, a metade, fez contra o Santos FC, 22 gols! O Campeonato de 1980 foi decidido em dois jogos entre São Paulo x Santos, ambos realizados no Morumbi. O São Paulo venceu as duas partidas, na primeira estufou a rede no finalzinho, com um antológico gol, com uma bomba, um míssil que levou 122.000 expectadores ao desvario. No segundo jogo deu tricolor novamente, outra vez com o placar de 1 x 0, gol de Serginho, de cabeça, garantindo a taça. Nesse mesmo ano, na inesquecível goleada sobre o Corinthians por 4 x 0 no Morumbi, no clássico que abria o segundo turno, Serginho fez um gol que eu considero um obra prima, driblando meio time do adversário, da intermediária até o chute fatal. Nesse “Majestoso”aliás, Serginho marcou dois gols.
Há muito a falar sobre as peripécias de Serginho, o gigante de ébano que domava a bola. Prometi apenas um fragmento. Serginho é o maior artilheiro de nossa história. No entanto eu quero mais. Passo do limite das estatísticas? Não passo, detesto estatísticas! Falo aos são-paulinos com espírito, não passo dos limites, não há limites aos são-paulinos. Escrevo mais um pouco. Venha comigo, irmão, paciência, acompanhe-me até o fim do texto.
Apenas um pouco mais. Estamos chegando. Estou nostálgico. Vi Serginho fazer gols de todos os jeitos e quando o São Paulo fica do jeito que está, sem brilho, morto, neutro, opaco, eu me lembro do Serginho. Só o livro, que quero escrever, mas não sei se escreverei, livro que já está, há muito, escrito no meu coração, relatará o brilho, os gols e as aventuras futebolísticas desse voluptuoso goleador. Serginho era um demônio, batia nos beques, driblava os beques, imolava os goleiros, deixava loucos os adversários, obrigava a bola a atendê-lo, a torcida o idolatrava. Serginho, fora da arena, fora das quatro linhas, em que virava um gladiador sanguinário, era um anjo. Todos os que jogaram com Serginho o amam. Zagueiros que apanharam dele o endeusam. Um fantasma terrível, mas sempre um amigo fiel, um “parceiro”, diria Romário.
Serginho sempre foi um anjo e um demônio, ao mesmo tempo. Os tempos passam. Nunca mais a área será habitada por um anjo e por um demônio, encarnados na mesma pessoa. Serginho ditava as ordens na área, às vezes saía aos abraços com os beques, às vezes os beques saíam correndo para os vestiários para não se depararem com o algoz. Uma vez, Serginho, no ocaso da carreira, levantou-se do banco de reservas, invadiu o campo e bateu num “traíra”, que hoje figura como técnico. Certa vez deu uma cadeirada no lombo de um companheiro em plena concentração, em meio a um almoço ou jantar; o falso companheiro o havia entregue para o técnico, durante a noite o anjo-demônio saíra da concentração, para namorar.
Lembro-me de uma inesquecível tarde no Pacaembu, quando o São Paulo enfrentava um pequeno, não me lembro quem era o pequeno, Serginho estava suspenso, batera em alguém, em algum imbecil que ousara contrariá-lo. O Tribunal da Bola o suspendera e frustrara a torcida de vê-lo em ação. A direção do São Paulo, por sua vez, cheia de frescura, podendo ele jogar depois da suspensão, também o suspendera. Eu era um torcedor frustrado, sem Serginho o jogo não tinha graça, mas, fanático, havia ido ao “próprio da municipalidade”. O São Paulo perdeu. Lembro-me que, tendo ido ao banheiro no final do jogo encontrei-me, casualmente ali, com os Haídar, pai e filho, os Haídar naquela passagem mandavam no São Paulo. Henry era o presidente, o filho Carlos, seria presidente depois.
O filho, futuro Presidente, saiu na frente, todo soberbo, e o pai, então inquestionável, saiu bem ao meu lado. Eu não me contive, disse a ele: – “Dr. Henry, o Serginho tem que voltar, e tem que voltar imediatamente!” Ele respondeu: – “ O Serginho é um demônio!” E eu retruquei: – “ É um demônio só para os adversários! Para os são-paulinos é um anjo!” Ele ficou aterrado, olhando nos meus olhos, mas nada respondeu. No jogo seguinte o anjo estava de volta endemoninhando a zaga adversária, fez três gols, acabou com o jogo…
Foi sempre assim nos tempos em que Serginho jogou. Assim deve ser, assim será, no Futebol o talento está acima de tudo, o show tem que continuar.
Em 1977, o São Paulo ganhou seu primeiro título brasileiro. Sabem como? Com o fantasma do anjo endemoninhado Serginho!
O referido presidente do clube, Henry Aidar, foi quem anunciou na mídia, momentos antes do duelo final, que ele, Serginho, o demônio, desceria de helicóptero no “Mineirão” minutos antes da partida e que atuaria naquele jogo decisivo em razão de uma liminar concedida pela Justiça comum…
Serginho estava suspenso, dera um pontapé em um bandeirinha míope que anulara um lindo gol seu em Ribeirão Preto, não havia liminar alguma, mas o “Mineirão” e o galo tremeram com a perspectiva de o demônio jogar! Deu no que deu! O fantasma da torcida atleticana era o anjo da guarda do São Paulo.
Vou terminar, já me alongo, quando falo do São Paulo e de seus e meus deuses meu cérebro funciona.
Conto mais essa: corria o ano de 1979, tratava-se de uma semi-final de Campeonato Paulista. Choque-Rei, com quase 120.000 pessoas no Morumbi. A maioria palmeirense. O São Paulo tinha que fazer 3 pontos para seguir em busca do título, os 3 pontos deveriam vir no jogo e em eventual prorrogação. 3 pontos em um jogo! Era uma tarde fria de junho, tarde muito fria, chuvosa. Eu estava em minha amada Atibaia, lá mantínhamos uma casa de campo onde a família se reunia nos fins de semana. Havia uma edícula à beira da piscina, era lá que os meus pais dormiam, o Lito, meu saudoso velho, era um são- paulino inigualável. Eu ouvia o jogo de pé, do lado de fora do quarto, na janela que dava para a piscina, o Lito, deitado em sua cama ouvia o jogo de dentro do quarto. Sofremos noventa minutos, 0x0. Veio a prorrogação, com direito à aproximação de debochados cunhados palmeirenses. Nada de gols. Faltavam segundos para o fim. O tricolor tinha que ganhar. Eu só admitia o José Silvério para narrar, até hoje ouço José Silvério, mas naquela tarde o “pai do gol” não dava sorte. Meu saudoso pai reclamou, trocou de emissora, passou, contra a minha vontade, para o não menos saudoso mestre Fiori Gigliotti, palmeirense assumido. Fiori tripudiava, ia acabar: -“torcida brasileira, crepúuusculo de jogo… delíiraaa a torcida palmeirenseeeeeeee”!
Narrando com incrível empolgação, possivelmente não olhava para o gramado o Fiori quando Getúlio avançou pelo lado direito de nosso ataque, foi quase ao bico da área e levantou a bola para o meio da área. Marcado por dois mil beques, estava o anjo Serginho no caminho de sua obediente serva, a bola. Ela se ofereceu a ele como uma cortesã, bateu-lhe na orelha, no pescoço, no nariz, há controvérsias, e foi para o fundo gol. Gol do São Paulo!
Irmãos: eu, aos berros, voltei-me para trás e atirei-me, de roupa e tudo, cheio de malhas, à piscina gelada, acho que era uma das mais frias tardes que o mundo já viu.
Atirei-me, e de lá, do pólo norte, vislumbrava os palmeirenses atônitos me olhando até que fiquei mais atônito do que os cunhados palmeirenses que também estavam atônitos: todos viram o velho Lito sair de sua toca, pular a janela e mergulhar também na gélida localização aquática onde nos demos o maior abraço de nossa vidas, o abraço dos abraços, o mais carinhoso dos abraços, o último dos últimos dos abraços, lá derramamos as últimas lágrimas de emoção e de alegria que pai e filho podem se conceder: pouco tempo depois meu pai iria morrer, transformando esse episódio em saudade.
Para mim uma passagem marcante e inesquecível da vida, um marco da minha são-paulinidade, um traço da mágica do futebol, fragmento da jornada mística de Serginho no Futebol. Terá um dia o São Paulo outro Serginho? O Criador reinventará outro “esquerda”? Lamento, mas temo que não. Nunca mais o mundo da bola verá o anjo e o demônio na área.
Serginho foi único, inigualável, não há como repetir sua história, Papai do Céu perdeu a fórmula.
Perdoem-me se me alonguei.
Que saudade do Serginho!
Paz, meus iguais.

Dr. Catta-Preta é advogado e são-paulino.
antoniocattapreta@yahoo.com.br

Copa das confederações

A seleção Brasileira conquistou seu terceiro título da Copa das Confederações neste Domingo.

Mas ao contrário das duas primeiras conquistas (contra a Austrália em 97 e Argentina em 2005) o Brasil teve que suar sangue para vencer a “fortissima” seleção Norte Americana.

Virou o primeiro tempo perdendo por 2 a 0 e conseguiu virar o jogo para 3 a 2 na segunda etapa.

Parabéns a Luis Fabiano,artilheiro da competição.

O atacante soube ter paciencia e aproveitou a chance de dar a volta por cima na seleção Brasileira (graças a contusão do “gênio” Afonso Alves).

Resta esperar para ver se o Brasil aprendeu a lição de 2005.

Humilhou a Argentina na final da Copa das Confederações e deixou se levar pelo favoritismo na Copa da Alemanha no ano seguinte.

O resultado da soberba é conhecido por todos.

Próxima Página »