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Nesta última quinta-feira, o nadador medalha de ouro, César Cielo, esteve nos estúdios da Jovem Pan.

 

Participou do Pânico! Na Fm e depois veio até o estúdio principal da Am, onde acontecia o Esporte em Discussão.

 

A entrevista foi rápida, cerca de 15 minutos, todos nós fizemos perguntas ao campeão.

 

Duas respostas me chamaram a atenção.

 

A primeira foi a critica feita por Cielo, a confederação Brasileira de natação e seu presidente, Coaraci Nunes.

 

A apenas um mês dos jogos olímpicos, Coaraci Nunes, queria que Cielo saísse dos Estados Unidos, onde fazia sua estafante preparação, perdesse quatro dias de treinos (que poderia representar a diferença entre uma medalha ou nada), para vir até Brasília, participar de um evento com o Presidente Lula e sua corja de puxa-sacos.

 

César ficou indignado, bateu o pé, peitou a confederação e seu presidente inconseqüente, e não veio ao Brasil.

 

Até ameaça de perder patrocínio, ele teve. Mas o profissionalismo do nadador, em prol de meia dúzia de tapinhas nas costas e discursos inúteis e hipócritas, valeu um Bronze e um Ouro a César.

 

A segunda resposta indignada do nadador foi quando ele soube que Ronaldinho Gaúcho havia atendido o celular no pódio, quando recebia a medalha de bronze no futebol.

 

É indescritível a cara de decepção e indignação que Cielo fez, Ronaldinho Gaúcho ficaria constrangido.

 

É inadmissível para um atleta que pratica um esporte chamado amador, que uma medalha olímpica seja desprezada como fez o jogador dentuço.

 

Para não mandar Ronaldinho para aquele lugar mal cheiroso, Cielo pediu para partirmos para a próxima pergunta.

 

Que Ronaldinho não cruze o caminho de César Cielo, pois em vez do celular é capaz de levar outro tipo de telefone na orelha.

 

Com pelo menos oito anos de atraso, as meninas do volei feminino conquistaram o ouro olímpico.

 

Depois de quatro anos de provocações e criticas pela derrota para as russas na semifinal em Atenas (o famoso 24 a 18), foi dada a volta por cima.

 

Uma vitória da perseverança, do sacrifício, da superação e do desabafo.

 

Parabéns a Mari, campeã e aniversariante do dia.

 

Parabéns ao técnico José Roberto Guimarães, único treinador do mundo a ser campeão olímpico com os homens e com as mulheres.

 

Depois da tempestade, sempre vem a bonança, depois de uma derrota, sempre vem à vitória.

 

Depois de Atenas, vem Pequim, e Pequim é ouro.

 

Como disse José Roberto, a seleção é amarela! Amarelo ouro!

 

Valeu!

Depois de 24 anos o atletismo brasileiro voltou a brilhar no lugar mais alto do pódio.

 

Com um salto de 7,04 metros, Maurren Maggi venceu a prova do salto em distancia e se tornou a primeira mulher brasileira a ganhar ouro em esporte individual.

 

Ouro com gosto especial! Por tudo que passou quando foi suspensa por doping em 2003 e chegou a abandonar a carreira.

 

Incentivada pela pequena Sofia voltou a competir, desacreditada por muitos, apoiada por poucos.

 

O resultado de sua persistência foi visto hoje em Pequim.

 

Maurren antes das olimpíadas, foi visitar o CCT do São Paulo, acompanhar um treino de seu time do coração.

 

Parece que os ares tricolores, fizeram bem a saltadora, que voou em Pequim.

 

Parabéns Maurren, você é a são paulina voadora!

Os deuses, quando inventaram o futebol, deram uma habilidade fora do comum ao povo brasileiro.

 

Com esta habilidade, sua seleção iria ganhar vários campeonatos mundiais e ter seu futebol reverenciado pelo planeta.

 

Porém, para compensar, foi determinado por eles que em uma competição, só uma competição, o chamado País do futebol não conseguiria ter sucesso.

 

Na competição onde o futebol não é o esporte mais festejado, onde as outras modalidades esportivas tem brilho maior, mesmo que de 4 em  4 anos.

 

Onde o principal lema é competir, vencer é conseqüência.

 

Quando inventaram o futebol, os deuses vetaram o primeiro lugar olímpico ao Brasil.

 

Talvez pensando em dar chances aos outros países, para que sempre fique faltando um mísero titulo em sua vasta e quase completa galeria.

 

Para que de 4 em 4 anos, o País do futebol se lembre, que é bom, mas não é invencível e às vezes não é o melhor.

 

Nossas meninas estão engatinhando no esporte bretão, mas mesmo sem incentivo, mesmo sem um campeonato decente, já jogam melhor que os marmanjos e vencem quase todas suas oponentes.

 

Só não vencem, a maldição dos deuses. Ai não há Marta e Cristiane que de jeito!

 

Parabéns as meninas de prata!

 O corredor Jamaicano Usain Bolt, sai destes jogos olímpicos como o principal nome ao lado do nadador Michael Phelps.

 

Um é o tubarão das piscinas, o outro é o mercúrio das pistas de atletismo.

 

Um, pulverizou os recordes aquáticos das provas que disputou, o outro pulverizou os recordes das provas mais rápidas do atletismo.

 

Bolt simplesmente brincou com seus adversários nas provas dos 100 e 200 metros rasos.

 

Usain mostrou que pode dominar por muito tempo as provas mais rápidas do atletismo. Qual seu limite, quantos centésimos ele ainda será capaz de baixar em seus já espetaculares tempos?

 

São respostas que só saberemos no futuro, mas parece que para este jamaicano de 22 anos recém completados, o céu é o limite.

 

Enquanto isso lá em cima, Bob Marley deve estar dando risada, feliz da vida com seu compatriota voador.

 

Usain Bolt é o Bob Marley com turbinas!

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